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Editora Mangava nasce no interior gaúcho com proposta de polinizar literatura independente

Fundada por Roger Paffrath, a nova editora aposta em comunidade e autonomia autoral como caminhos para fortalecer o cenário literário brasileiro

O projeto surge de uma inquietação antiga do escritor, que começou a publicar na internet em 2015 e enfrentou o silêncio de mais de duzentas editoras antes de lançar seu primeiro livro de forma independente. A experiência o levou a refletir sobre a falta de acolhimento no mercado e sobre práticas que confundem edição com prestação de serviços.

A inspiração para o nome veio de uma conversa casual. “Ouvi um grupo relembrando histórias sobre a picada da mangava, uma abelha solitária que poliniza tudo por onde passa. Fiquei com isso na cabeça, e fez todo sentido. Quero que a editora funcione assim: polinizando o trabalho de novos autores”, conta Roger.

O primeiro título do catálogo, Poemas que ficam, é de autoria do próprio Roger e marca o início da editora. Escrito entre 2020 e 2025, o livro representa um retorno à escrita após um período de pausa durante a pandemia. Sem uma linha editorial rígida, a Mangava quer abrigar obras que carreguem voz e brasilidade. A ideia é trabalhar com diferentes gêneros literários, de poesia à ficção científica, e construir uma comunidade ativa em torno da produção literária, com financiamentos coletivos, rodas de conversa e oficinas.

“Nosso objetivo não é só publicar livros, mas criar um ecossistema de apoio entre autores e leitores. A gente acredita muito nesse poder de polinizar ideias, de fazer um autor ajudar o outro a florescer”, conclui.

Sobre a Editora Mangava